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EMBOLIA PULMONAR
O tromboembolismo pulmonar (TEP) ocorre como consequência de um trombo formado no sistema venoso profundo que se desprende e, ao atravessar as cavidades direitas do coração, obstrui a artéria pulmonar ou um de seus ramos.
O tromboembolismo pulmonar (TEP) ocorre como consequência de um trombo formado no sistema venoso profundo que se desprende e, ao atravessar as cavidades direitas do coração, obstrui a artéria pulmonar ou um de seus ramos. O TEP é uma doença relativamente comum, potencialmente fatal e que requer diagnóstico rápido e preciso.
A trombose venosa profunda define-se como uma coagulação do sangue no sistema venoso dos membros inferiores e de veias pélvicas e renais, decorrente de uma disfunção ou lesão endotelial que provoca hipercoagulabilidade. Esse quadro é o evento básico para a formação de êmbolos que, ao migrarem até os pulmões, podem impactar na bifurcação da artéria pulmonar ou em ramos lobares, provocando uma redução ou cessação do fluxo sanguíneo para a área afetada, comprometendo, assim, o equilíbrio hemodinâmico. Ademais, êmbolos diminutos tendem a se alojar mais distalmente, produzindo dor pleurítica em decorrência de resposta inflamatória adjacente à pleura parietal.
Como alterações pulmonares decorrentes do TEP, destacam-se: 1) hipoxemia decorrente tanto da redução dos níveis de pressão parcial de oxigênio no sangue arterial, quanto da desigualdade na relação perfusão nas áreas afetadas; 2) aumento do espaço morto devido a existência de áreas pulmonares com obstrução circulatória, associada à manutenção da ventilação - o que gera uma menor eliminação de CO2 e hiperventilação compensatória com posterior alcalose respiratória; 3) aumento do trabalho ventilatório, já que é gerada uma dispneia compensatória em resposta à hipoxemia tissular que estimula os quimiorreceptores do seio carotídeo e aórtico; 4) pneumoconstrição resultante da redução do volume pulmonar pela contração dos ductos alveolares devido a ação da serotonina e de prostaglandinas liberadas pelo trombo; 5) hipertensão pulmonar por bloqueio mecânico, liberação de agentes humorais vasoconstritores, hipoxemia e diminuição do volume do gás torácico, que levam à vasoconstrição reflexa no calibre dos vasos pulmonares e, consequentemente, ao aumento da resistência vascular pulmonar; e, por último, 6) redução do débito cardíaco tanto pela hipóxia, que ocasiona uma diminuição da contratilidade do músculo cardíaco, quanto pela redução da pré-carga do ventrículo esquerdo em decorrência do bloqueio mecânico.
Os fatores de risco são determinados tendo como base os componentes da Tríade
de Virchow, isto é, lesão endotelial, alterações do fluxo sanguíneo normal (turbulência
ou estase venosa) e um estado de hipercoagulabilidade. Dessa forma, situações de imobilização prolongada, como
em cirurgias ortopédicas que restringem a movimentação por grandes períodos, viagens
aéreas de longas distâncias, além de descompensação em pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva, doença pulmonar obstrutiva crônica e acidente vascular encefálico
são predisponentes para o desenvolvimento do TEP. Além disso, outro aspecto que se impõe é o histórico
familiar eminente, caracterizado pela deficiência da proteína C e S, a resistência a proteína
C (fator V Leiden), a deficiência de antitrombina III, a mutação da protrombina, o
anticorpo antifosfolipídio/anticardiolipina, as disfibrinogenemias e as desordens do
plasminogênio.
TUBERCULOSE
A tosse é um dos principais sintomas. Pode ser inicialmente seca e posteriormente apresentar-se com expectoração, hemoptoicos (raias de sangue).
A tuberculose se manifesta por uma síndrome infecciosa,
normalmente de curso crônico, e a maioria dos pacientes apresenta febre,
adinamia, anorexia, emagrecimento e sudorese noturna.
A tosse é um dos principais sintomas do paciente com
tuberculose pulmonar, e o tempo da tosse deve ser considerado dependendo da
população.
A tosse pode ser inicialmente seca e posteriormente
apresentar-se com expectoração, hemoptoicos (raias de sangue) ou mesmo
hemoptise, dor torácica e dispneia com a evolução da doença.
A baciloscopia do escarro é importante para o diagnóstico de
tuberculose, porém pode ter baixa sensibilidade nos casos de lesões pulmonares mínimas.
Outros métodos diagnósticos seriam a cultura para micobacterium tuberculosis e
os testes moleculares.
PNEUMONIA
A radiografia de tórax, em associação com a anamnese e o exame físico, faz parte da tríade propedêutica clássica.
A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) constitui a
principal causa de morte no mundo, com significativo impacto nas taxas de
morbidade.
A radiografia de tórax, em associação com a anamnese e o
exame físico, faz parte da tríade propedêutica clássica.
A tomografia de tórax torna-se útil nos casos em que a
acurácia da radiografia de tórax é baixa, como em pacientes obesos,
imunossuprimidos e indivíduos com alterações radiológicas prévias.
O tratamento antibiótico inicial é definido de forma
empírica. Devemos levar em consideração o patógeno mais provável no local de
aquisição da doença, fatores de risco individuais e a presença de doenças associadas.
CÂNCER DE PULMÃO
O tabagismo é a principal fator de risco para câncer de pulmão. O exame indicado para o rastreamento do câncer de pulmão é a tomografia computadorizada de baixa dose.
Como na maioria dos países, o câncer de pulmão é a principal causa de mortalidade por câncer no Brasil. A demora no diagnóstico é um dos principais desafios enfrentados no Brasil.
O tabagismo é a principal fator de risco para câncer de pulmão. A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, enfisema pulmonar e bronquite crônica, fatores genéticos e história familiar favorecem seu desenvolvimento.
O exame indicado para o rastreamento do câncer de pulmão é a tomografia computadorizada de baixa dose. Deve ser solicitada para pacientes de alto risco (maiores de 55 anos, fumantes ativos ou ex-fumantes que cessaram o hábito do tabagismo há menos de 15 anos ).
ASMA
Manifesta-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar.
Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade (HR) das vias aéreas inferiores.
Causa limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento.
Manifesta-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar.
Resulta de uma
interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que
levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas.
DPOC
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória prevenível e tratável.
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória prevenível e tratável.
É caracterizada pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível.
A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo.
Embora a DPOC comprometa os
pulmões, ela também produz consequências sistêmicas significativas.
TOSSE
Há duas categorias de tosse. A aguda, que dura menos de três semanas, e a crônica, com duração igual ou maior.
Tosse é um mecanismo importante de defesa das vias aéreas.
A persistência e as consequências negativas da tosse levam os pacientes a procurarem atendimento médico.
Há duas categorias de tosse. A aguda, que dura menos de três semanas, e a crônica, com duração igual ou maior.
Quando aguda, geralmente se deve ao resfriado comum.
Já a tosse crônica, pode
sugerir uma manifestação clínica de doenças como DRGE (Doença do Refluxo
Gastroesofágico), Hiperreatividade brônquica (ex.: asma), STVAS (síndrome da
tosse de vias aéreas superiores – gotejamento pós-nasal).