Apneia significa
“parada de respiração”. O indivíduo
sofre breves e repetidas interrupções da respiração enquanto dorme.
A apneia obstrutiva
do sono é um transtorno do sono comum e potencialmente grave. A via aérea torna-se
repetidamente bloqueada pelo relaxamento dos tecidos da faringe e da base da
língua, limitando a quantidade de ar que atinge os pulmões.
Quando isso
acontece, o paciente pode roncar alto ou causar ruídos sufocantes enquanto
tenta respirar. O cérebro e o corpo do mesmo são privados de oxigênio. Isso
pode acontecer algumas vezes por noite, ou em casos mais graves, centenas de
vezes por noite. Na tentativa de reestabelecer a patência da via aérea
superior, ocorrem diversos despertares.
Esses despertares
são muitas vezes breves, às vezes durando apenas poucos segundos, e essa é a
razão pela qual o indivíduo afetado geralmente não percebe que os apresenta
durante o sono. Este padrão se repete durante a noite e um paciente com apneia
severa do sono pode apresentar centenas me microdespertares por noite de sono.
Mesmo que os
despertares sejam geralmente muito curtos, eles fragmentam e interrompem o
ciclo do sono. Essa fragmentação do sono pode causar níveis significativos de
fadiga e sonolência diurna, que são sintomas comuns da apneia do sono.
Os principais sintomas da apneia do sono são:
• Ronco alto ou frequente
• Pausas respiratórias presenciadas durante o sono
• Sons sufocantes ou ofegantes e sensação de
sufocamento durante o sono
• Sonolência diurna ou fadiga
• Sono fragmentado
• Dor de cabeça matinal
• Nocturia (acordar durante a noite para ir ao
banheiro urinar)
• Dificuldade na concentração
• Perda de memória
• Diminuição do desejo sexual
• Irritabilidade
Os fatores de risco
comuns para a apneia do sono incluem:
Excesso de peso
A obesidade, classificada como um índice de massa corporal (IMC) acima de 30 ou
mesmo o sobrepeso (IMC) acima de 25 é um fator de risco bem estabelecido para a
apneia do sono.
Aumento da circunferência do pescoço
Mesmo na ausência de obesidade, valores acima de 40 cm de circunferência
cervical estão associados a um risco aumentado para apneia do sono.
Idade
A apneia do sono pode ocorrer em qualquer idade. No entanto, é mais comum em
indivíduos mais velhos.
Gênero
A apneia do sono é mais comum nos homens do que nas mulheres. Para as mulheres,
o risco de apneia do sono aumenta após a menopausa.
Hipertensão arterial
A pressão arterial elevada é extremamente comum em pessoas com apneia no sono.
Deformidades Craniofaciais
Principalmente envolvendo anormalidades mandibulares, como micrognatia ou
retrognatia e condições congênitas (síndromes de Marfan, de Down e de Pierre
Robin).
Hipertrofia de Amígdalas ou adenoides
Essa associação ocorre principalmente em crianças.
História familiar
Especula-se que a apneia do sono é dependente, em aproximadamente 40% dos
casos, de uma combinação genética e, em 60%, de influências ambientais. Isso
significa que indivíduos com familiares que possuem o diagnóstico têm um maior
risco de apresentar apneia do sono.
As principais
opções de tratamento incluem:
Tratamento conservador:
É realizado por intermédio da higiene do sono e do emagrecimento. Simples
medidas, como a retirada de bebidas alcoólicas e de certas drogas
(benzodiazepínicos, barbitúricos e narcóticos), a adequada posição do corpo
(nos pacientes com apneia relacionada ao decúbito) podem ser eficazes para o
tratamento de SAOS.
Fonoterapia:
Exercícios orofaríngeos supervisionados por Fonoaudióloga especializada em
Medicina do sono, visando fortalecer a musculatura da via aérea superior.
CPAP:
Esses sistemas ainda permanecem como a primeira escolha para o tratamento. O
aparelho chamado CPAP (do inglês, Continuous Positive Airway Pressure) consiste
em um pequeno compressor de ar muito silencioso de alta tecnologia que gera e
direciona um fluxo contínuo de ar, (40-60 L/min), através de um tubo flexível,
para uma máscara nasal ou nasobucal confortavelmente aderida à face do
indivíduo.